Meu Mundo

"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não! Quero é uma verdade inventada!"

26 setembro 2006

The cure

Aquele ser angustiantemente apaixonável procura uma vítima em todos os momentos de sua vida.
E não pode ser o amor que já existe não! Tem que ser devastador, avassalador, ladrão de sonhos e pensamentos e que só saiba e queira trepar.
E assim este ser segue a vida, amando o que lhe é único e se apaixonando errantemente pelos cantos do mau caminho que a vida apresenta todos os dias.
Sua primeira paixão neste estado de espírito foi àquela cara safada que não ousa esquecer. Vários pensamentos emanados em seu favor, vários elogios e tentativas indiretas, até que a frustração venceu o sentimento e o resultado foi curtir o sofrimento... ainda mais.
Curou-se no colo de quem ama.
Depois se ousou apaixonar pelo desconhecido, num sorriso tímido e de poucas cores, ouso dizer que se tratava de uma alma preta e branca, que lhe ganhou na timidez e lhe escorraçou com escárnio. Vários dias de sofrimento. Uma alteração de humores e o aparecimento de uns porquês sem fim. O conformismo chegou, mas o espírito não se sentiu vencido.
Ainda sim foi curar-se no colo de quem ama.
E na trajetória seguinte, foi perder-se em beijos roubados, em declarações tumultuadas, confusas, reais. Foi emaranhar-se numa teia safa, experiente, fugaz.
E quando estava acostumada com beijos tão ardentes, com “amassos” tão perfeitos, perde a “caça” em plena festa, antes do gozo pleno.
Óbvio. Todos querem amar e têm esse direito.
Se já tem a quem amar, porque insiste em apaixonar-se por pessoas sem amor?
Não se sabe. Sabe-se apenas que a tristeza está deixando uma pequena cicatriz. Talvez seja a hora de frear os impulsos... não! Ainda não chegou a hora. Apenas ficará na espera de que a “próxima vítima” seja mais apaixonável. E única. Como as outras.
E outra vez busca a cura no colo de quem ama.

Marcadores: